Lutas

Ator de 'Fina Estampa' usa Jungle Fight como 

'laboratório' para novela

Rodrigo Simas, que vira jovem promissor no MMA, se identifica com 

lutadores do card preliminar e comemora evento na comunidade da 

Rocinha


Ator Rodrigo Simas marca presença no Jungle Fight (Foto: Adriano Albuquerque/Globoesporte.com)Ator Rodrigo Simas faz pose de lutador no Jungle
Fight
O ator Rodrigo Simas foi uma das presenças ilustres do Jungle Fight 36, neste sábado na quadra da Acadêmicos da Rocinha, no Rio de Janeiro. O carioca, que vive um jovem humilde que se torna promessa do MMA na novela "Fina Estampa", da TV Globo, aproveitou o evento para fazer um pequeno "laboratório" para seu personagem.
- Sempre gostei de lutas e me reuní com a família para ver, mas agora estou estudando muito para a novela e indo a lutas no Brasil. Isso dá uma base para o personagem, observar pelo que esses lutadores passam - disse Rodrigo.
Fillho do mestre de capoeira Beto Simas, o ator acompanha o MMA desde pequeno. Ele foi convidado pelo presidente do Jungle, Wallid Ismail, para comparecer ao evento e assistiu sobretudo às lutas do card preliminar, com lutadores de comunidades carentes do Rio de Janeiro. Na trama da TV Globo, o personagem Leandro dos Anjos é também um menino humilde que recebe uma oportunidade no MMA, e Rodrigo comemorou a chegada do esporte à Rocinha, a qual frequentou com a irmã como parte de um projeto social.
- Quando a comunidade tem uma oportunidade dessas, tem que agarrar. O personagem é de origem humilde e também passa por um momento parecido - afirmou.
MV Bill no Jungle Fight (Foto: Colin Foster/Jungle FC)MV Bill foi mais um famoso a prestigiar o Jungle Fight na noite deste sábado
Outro famoso presente foi o rapper MV Bill, que vem colaborando com o Jungle através da Central Única das Favelas (Cufa). A entidade ajudou a montar o evento na Cidade de Deus, Mangueira e Rocinha.
- Lutadores como o Júnior Cigano e José Aldo já viveram situações muito parecidas com as dos jovens daqui. O MMA serve como inspiração para eles - declarou o músico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Longe dos holofotes, Shogun quer recuperar cinturão e 

deixar legado

Lutador afirma que prefere treinar sossegado, vibra com reconhecimento do esporte e acredita que pode encontrar brechas para vencer Jon Jones

Por Adriano Albuquerque e Amanda Kestelman Rio de Janeiro
Antes mesmo do MMA explodir no Brasil, Maurício Shogun já sabia o que era a fama fora de seu país. Após um período avassalador no extinto Pride, o lutador hoje já conseguiu a notoriedade na sua terra. Apesar da onda do UFC estar cada vez mais alta, Shogun, de 30 anos, prefere ficar apenas na beira da praia. Um dos lutadores mais reservados entre os brasileiros, ele acha importante o reconhecimento, mas também já enfrentou problemas por causa do assédio e da fama. Ao optar por ficar longe dos holofotes e mudar seu camp de treinamento, magoou o treinador e amigo Rafael Cordeiro.
Famoso por participar de lutas épicas desde o início da carreira, o ex-campeão dos pesos-meio-pesados do UFC vem de cinco rounds intensos diante de Dan Henderson, em novembro, mas, segundo ele, as pancadas que sofre desde que começou a lutar não são suficientes para assustarem. Seu objetivo no momento é deixar um legado na história do esporte.
Maurício Shogun RuaA (Foto: Amanda Kestelman/Globoesporte.com)Maurício Shogun vibra com bom momento do MMA no Brasil
- A gente chega a um patamar financeiro confortável e busca outras motivações. Hoje uma motivação que eu tenho é marcar meu nome na história do MMA - disse Shogun.
Com o objetivo de recuperar o cinturão da categoria, perdido para Jon Jones em março do ano passado, Shogun já tem em mente três opções para seu próximo combate: Quinton ''Rampage'' Jackson, Tito Ortiz ou o terceiro embate diante do compatriota Lyoto Machida, a quem respeita muito.
Em entrevista ao SPORTV.COM, Shogun revelou que pode encontrar brechas para vencer o campeão Jon Jones e que acredita precisar de apenas uma vitória para poder voltar a disputar o título.
Confira a entrevista com Maurício Shogun:
Como está sua recuperação depois da "batalha" diante do Dan Henderson?
Foi uma luta dura, mas três dias depois a gente já estava zerado. Sem nenhuma fratura ou inchaço, só com o olho roxo. A gente é meio Wolverine, está acostumado. Quanto à suspensão médica, não houve essa situação. Cheguei no hospital com suspeita de fratura, mas não tive nada. Esse comunicado da Comissão Atlética não veio para mim. Acho que foi só boato, acreditavam que tive fratura
Você já está negociando sua próxima luta?Acho que na próxima semana deve sair. Quero lutar entre maio e junho. Minha vontade é essa. Estou no aguardo do UFC. De preferência no evento em São Paulo.

Maurício Shogun Rua (Foto: Amanda Kestelman/Globoesporte.com)Maurício Shogun no Rio de Janeiro
Quem são os adversários cotados?Talvez o Rampage. Falaram que pode ser a luta da aposentadoria do Tito Ortiz, que já pediu para lutar comigo. Talvez o próprio Lyoto.

Seria uma terceira luta com o Lyoto, para desempatar a série. Seria legal essa trilogia?
É muito frustrante pensar em um adversário e depois vir outro. Não penso em nenhum adversário. Penso depois que a luta está fechada. Pode dar um conflito psicológico. O Lyoto é um cara novo, eu também, com certeza vamos lutar de novo cedo ou tarde.
Com o Lyoto seria bom lutar no Brasil? Quem sabe São Paulo?Acho que sim. Quero lutar muito no UFC em São Paulo. Por quê não?

Você saiu muito machucado em muitos combates. É um lutador que ataca, mas também apanha muito. Considera seu estilo muito "aberto"?Acho que meu estilo não é aberto. Meu estilo é ir para cima. É difícil um cara lutar 10 anos de um jeito e depois mudar. Meu estilo é esse. Agrada aos fãs. Sempre treino em cima disso. Mas lógico que acabo me expondo mais. Sempre busco nocaute ou a finalização. Não busco levar a luta até o final, nem quando estou ganhando a luta.
Em algum momento você já temeu pela sua saúde? Tem medo de ter sequelas futuras por causa das pancadas?
Lógico que temo pela minha saúde. Eu quero criar minha filha e participar de todas as fases da vida dela. Mas eu não acho que sou um cara que toma muita porrada na carreira. Acho que realmente, as lutas contra Jon Jones e Dan Henderson foram duas lutas que machucaram e me castigaram muito. Se juntar todas as minhas lutas, não dá tudo que apanhei naquelas duas. Eu acho que o boxe tem muito mais trauma. Desgasta muito mais a saúde do boxeador do que o MMA. É só pancada, pancada na cabeça por 12, 14 rounds. MMA tem finalização, submissão... E até então, pelo que me conheço, sou um cara supernormal. Sem sequela de loucura. O dia que eu tiver me sentindo mal, prefiro parar de lutar.
Como você analisa sua situação atual na cateogria dos meio-pesados? Acha que em breve poderá estar disputando de novo o cinturão?
Eu acho essa divisão de peso a mais disputada do UFC. Tem alguns atletas entre os melhores do mundo. Acho que, há muitos anos, essa já é a categoria mais disputada. Exemplo é o Lyoto: ele perdeu para mim, para o Rampage e ganhou do Randy Couture, que não era um cara top 10, e foi disputar o cinturão. Com certeza é um cara que merece lutar pelo título, por tudo que já fez pelo MMA. Acho que se eu ganhar uma luta, bem, já posso disputar o cinturão. Não seguem um ranking, acho que é o momento de cada um. Penso em vencer minha próxima luta e ter a chance de disputar o cinturão.
Você já participou de algumas lutas marcantes, históricas do MMA. Acha que você deixará um legado no esporte?
Em certo momento da carreira, a gente não luta mais por dinheiro. A gente chega em um patamar financeiro confortável e busca outras motivações. E hoje uma motivação que eu tenho é marcar meu nome na história do MMA. Então, penso muito nisso. Boas lutas, agradar os fãs. Mas primeiro tenho que pensar em vencer. Na última luta, eu perdi. Não ligo se lutei para c... O Lorenzo (Fertitta) e Dana (White) me confortaram. Mas não luto de propósito. Meu estilo é esse.
No seu cartel recente, você oscila muito entre vitórias e derrotas, dificilmente você tem uma luta fácil. Você acha que é o nível do seus adversários que é alto ou sente que precisa de alguma mudança no seu trabalho?Os dois. Realmente, hoje no UFC não tem luta fácil. Lyoto é um cara que estava invicto, foi pegando uns caras melhores e ficou irregular também. Eu acho que é um pouco dos dois. O MMA está em mudança, evoluindo. Temos que acompanhar essa mudança e treinar certo.
Assista a vídeos de lutas
Agora vamos falar do campeão da sua categoria, Jon Jones. Você perdeu o cinturão para ele e, desde então, ele tem se mostrado um lutador difícil de vencer, estando entre os melhores do mundo peso por peso. O que você acha que precisa ser feito para vencer Jones?
Ele não tem muitas lutas ainda no cartel. É difícil estudar. Começou a lutar bastante agora. Eu acho que, na luta contra o Lyoto, ele mostrou as brechas. Ele perdeu o primeiro round. Eu vi alguns caminhos que podem levar a uma vitória. Jon Jones é um cara muito bom. Muito eclético, bom em muitas modalidades. Mas se eu fosse lutar com ele hoje, eu entraria de outra maneira do que da última vez.Quanto mais ele lutar, para nós é melhor, para ver as brechas. Eu peguei o Jon Jones em uma época que não tinha como ver muitas lutas dele. Ele encarou o Lyoto, que é um cara bom, um cara duro, e o Lyoto fez alguma coisa com ele.
UFC 139 - Mauricio Shogun Rua ataca Dan Henderson (Foto: AP)Mauricio Shogun ataca Dan Henderson em luta épica de cinco rounds, em novembro passado
Antes da sua última luta, contra o Dan Henderson, rolou uma polêmica na internet sobre a sua mudança no campo de treinamento. Para o UFC Rio você tinha voltado a treinar com o Rafael Cordeiro, e depois voltou a treinar em São Paulo. Por que a mudança? Considera voltar a treinar com o Cordeiro?
Antes de cada luta, eu analiso o adversário e onde seria um camp bom para mim. Para a luta do Dan Henderson, eu achei que o camp bom seria em São Paulo. Analisei isso junto com a minha equipe. Então, eu busco sempre o melhor para mim. Se eu achar que é melhor na China, eu vou treinar na China. Eu faço sacrifício e minha família me apoia.
Para voltar a treinar com o Rafael Cordeiro é uma questão de adequação?Eu não vou voltar a treinar lá. Quando decidi treinar em São Paulo, foi uma decisão minha, mas nunca fechei as portas para o Rafael. Sempre mantive a amizade com ele. Mas, infelizmente, ele ficou chateado e falou algumas coisas que eu não gostei. E isso fez eu fechar as portas dele comigo. Não penso em treinar com ele. Quando eu fui para São Paulo, não quis dizer que virei inimigo dele. A amizade era a mesma. Mas ele falou algumas coisas erradas. Muitas pessoas falaram que eu estava fazendo treino secreto. Não gosto de treinar perto da mídia, dos fãs. Mas não é secreto. Prefiro estar mais à vontade, reservado.

O MMA está virando uma paixão nacional. O assédio  também aumentou?Antigamente, quando viajávamos para fora, éramos reconhecimentos. Eu diza: "Agora nós vamos viajar e ter semana de popstar". Hoje está assim no Brasil. Superou até alguns lugares dos Estados Unidos. Para nós, o reconhecimento é sempre gratificante. A gente está vivendo um momento que é um sonho. Batalhamos muito para isso.

Depois do primeiro UFC Rio, quando você venceu Forrest Griffin, rolou um boato que você teria sido visto com uma famosa em uma boate. Os boatos, fotógrafos, paparazzi... Isso te incomoda?
Não me incomoda. Isso é da fama e do crescimento do MMA. Realmente, esse boato aconteceu depois do UFC Rio. Fiquei muito chateado porque foi invenção. Disseram que eu estava em uma balada depois da luta. A minha sorte é que meu cunhado e meu sogro estavam comigo no hotel. Isso não existe. Depois meu empresário entrou em contato com a imprensa e falaram que me confudiram com um cara na balada. Quem me conhece sabe que não gosto de balada. Eu prezo muito pela minha imagem e dos meus patrocinadores, que investem em mim.
O público feminino comenta muito o fato de você lutar com uma sunga pequena. Por que você prefere?
O patrocinador reclama porque a sunga é pequena (risos). Antigamente, todo mundo usava sunga. O short começou depois. Eu me acostumei com a sunga, e bermuda, depois que molha, atrapalha para chutar. Gosto da sunga, me sinto bem. É melhor para chutar. Já escutei vários comentários. Recebo e-mail das fãs, faz parte.
Há pouco tempo, apareceu na internet um vídeo de você lutando ainda bem jovem, numa sala. O que achou desse vídeo? Gostou de ver?
Foi até engraçado. Esses dias até o meu pai viu e disse, "p... ele ia lutar escondido!" Naquela época, tinha muito preconceito, e entendo meu pai não querer que eu lutasse. Não o culpo por isso, era difícil. Eu tinha 15 anos na época e era uma luta entre uma academia e outra, no meio de uma sala. Uma coisa louca. Era um vídeo que nunca tinha visto.
Mas você acha que a divulgação desse vídeo é importante para mostrar como são as condições que lutadores jovens têm de enfrentar antes de chegar aos grandes eventos?
Eu acho que o MMA clandestino não existe mais como antigamente. Tem muitos eventos pequenos que são organizados. Tem que tomar cuidado com as academias, procurar saber quem é professor de verdade, se são pessoas qualificadas para ensinar MMA. Porque é comum ver gente que não pode ensinando o MMA.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bastidores do UFC Rio: Jones filma brasileiros e Wand 

torce por Belfort

GLOBOESPORTE.COM mostra tudo o que aconteceu na Arena da Barra no 

último sábado e registra celebridades chegando para assistir ao evento

Por Amanda Kestelman, Chris Mussi e Thiago Correia Rio de Janeiro


O UFC 142 lotou a Arena da Barra no último sábado. Para os fãs que não conseguiram estar no Rio de Janeiro, o GLOBOESPORTE.COM desbravou os bastidores do evento, incluindo a entrada dos fãs e dos astros de diferentes áreas do esporte, como Anderson Silva, Neymar, Zico e a modelo e esposa de Vitor Belfort, Joana Prado. (Confira no vídeo ao lado).
Ídolo do MMA brasileiro e um dos protagonistas da edição brasileira do reality show "The Ultimate Fighter", Wanderlei Silva admitiu torcida pelo próximo adversário no UFC, o compatriota Vitor Belfort, que derrotou Anthony Johnson por finalização.
- Hoje estou torcendo por ele, só não estou usando a camisa dele porque ele não me deu. O sentimento é muito bom. Cheguei ali na portinha da arena e todo mund

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Brincalhão, Chad Mendes dança funk no treino e diz que 

pretende ir a baile


Lutador repete José Aldo e trabalha na madrugada sob gritos de 'porrada!'. 

Americano esbarra com Mark


O UFC 142 lotou a Arena da Barra no último sábado. Para os fãs que não conseguiram estar no Rio de Janeiro, o GLOBOESPORTE.COM desbravou os bastidores do evento, incluindo a entrada dos fãs e dos astros de diferentes áreas do esporte, como Anderson Silva, Neymar, Zico e a modelo e esposa de Vitor Belfort, Joana Prado. (Confira no vídeo ao lado).
Ídolo do MMA brasileiro e um dos protagonistas da edição brasileira do reality show "The Ultimate Fighter", Wanderlei Silva admitiu torcida pelo próximo adversário no UFC, o compatriota Vitor Belfort, que derrotou Anthony Johnson por finalização.
- Hoje estou torcendo por ele, só não estou usando a camisa dele porque ele não me deu. O sentimento é muito bom. Cheguei ali na portinha da arena e todo mund

Homminick, derrotado pelo brasileiro em 

2011

Por SporTV.com Rio de Janeiro

Chad Mendes e Mark Homminick UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Chad Mendes posa para foto ao lado de Mark
Homminick
- É uma luta para a qual me preparei muito bem. Estou na melhor forma da minha carreira. Estou muito empolgado para entrar lá e dar uma grande show aos fãs aqui no Rio. José é um oponente duro, é um dos melhores pesos-por-peso do mundo. Acho que esta é uma grande oportunidade de eu mostrar que sou um dos melhores pesos-por-peso também. Tenho uma grande equipe comigo, estou muito confiante - disse, com exclusividade.
Assista a vídeos de lutas
Mendes ainda esbarrou com Mark Homminick, que está na mesma equipe de Sam Stout, adversário do brasileiro Thiago Tavares. O canadense foi derrotado, mas fez luta dura contra José Aldo no UFC 129, em abril do ano passado. Homminick, no entanto, se esquivou quando perguntado e disse que o companheiro de divisão não lhe pediu dicas sobre o adversário. Segundo ele, todos são amigos.
O UFC 142 será disputado no próximo dia 14 de janeiro, na Arena da Barra, e destaca a luta pelo cinturão dos pesos-pena, entre o atual campeão José Aldo e o desafiante Chad Mendes. A TV Globo e o canal Combate transmitem ao vivo, e o SPORTV.COM acompanha em Tempo Real.
CARD PRINCIPAL
José Aldo Jr. x Chad Mendes
Vitor Belfort x Anthony Johnson
Rousimar "Toquinho" Palhares x Mike Massenzio
Erick Silva x Carlo Prater
Edson Barboza Jr. x Terry Etim

CARD PRELIMINAR
Thiago Tavares x Sam Stout
Ednaldo "Lula" Oliveira x Gabriel Napão
Yuri "Marajó" Alcântara x Michihiro Omigawa
Ricardo Funch x Mike Pyle
Felipe "Sertanejo" Arantes x Antonio "Pato" Carvalho








Na reta final da preparação para luta, Aldo e Belfort 

treinam de madrugada

 

Brasileiros trabalham até altas horas com suas equipes por conta do 

horário de suas lutas no UFC Rio, que será na madrugada de sábado para 

domingo

O campeão dos pesos-pena do UFC, José Aldo, brinca com os atletas da equipe Nova União enquanto enrola a atadura na mão. Poderia ser mais um dia normal de treinos com seus companheiros, a não ser por um detalhe: o relógio marca 1:00 da manhã. Na reta final para o UFC Rio, os atletas do card principal precisaram mudar a rotina para não deixar nada dar errado no momento decisivo no octógono. Por conta do horário do evento, que acontece na madrugada de sábado para domingo, os ajustes finais da preparação estão sendo feitos no mesmo horário previsto para o combate.
José Aldo treina de madrugada para luta no UFC Rio (Foto: Ana Hissa/SporTV.com)O campeão José Aldo treina enquanto o relógio marca 1h25 da manhã
- A adapatação que está sendo feita aqui é a mesma que a gente faz quando viaja, já que existe o fuso normal. Precisamos treinar exatamente no horário da luta para o corpo do atleta se acostumar com o horário. Aqui, calhou de ser na madrugada - conta André Pederneiras, o técnico de José Aldo.
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José Aldo treina de madrugada para luta no UFC Rio (Foto: Ana Hissa/SporTV.com)Vestindo rubro-negro, José Aldo se prepara para
trabalhar de madrugada
Segundo o líder da equipe Nova União, a mudança não interfere no rendimento. O atleta continua respeitando as oito horas obrigatórias de sono, adequando assim a alimentação e o repouso de acordo com o treinamento.
- Nessa reta final os esforços estão mais voltados para a perda de peso, não há uma grande exigência no treino técnico, o trabalho já foi feito. O foco agora é mesmo fazer com que o atleta se adapte e renda bem.
Apesar da alteração no horário padrão de seus treinamentos, o dono do cinturão peso pena do UFC confia em uma vantagem a mais na preparação em casa.
- A perda de peso, que normalmente é mais sofrida, está sendo bem tranqüila aqui. Já estou acostumado com o clima, com a comida caseira, e isso tem sido uma grande vantagem - conta Aldo.
Vitor Belfort também se adequa ao horário
Vitor Belfort treinando para o UFC Rio (Foto: Ana Hissa/SporTV.com)Mesmo de madrugada, Belfort mostrou disposição

Desde que chegou no Brasil, o peso-médio Vitor Belfort também está treinando em horários alternativos. Como já mora em Las Vegas, nos Estados Unidos, o peso médio do UFC não sofreu tanto para se adaptar, já que estava com o fuso horário trocado antes de chegar ao país.
- Agora são seis horas a menos de diferença, ou seja, o horário em que normalmente eu realizo o meu treino. Aqui ainda é melhor porque o clima é favorável e estamos cercado de brasileiros. A energia faz a diferença - explicou Vitor.
O UFC 142 será disputado no próximo dia 14 de janeiro, na Arena da Barra, e destaca a luta pelo cinturão dos pesos-pena, entre o atual campeão José Aldo e o desafiante Chad Mendes. A TV Globo e o canal Combate transmitem ao vivo. O SPORTV.COM acompanha todo o evento em Tempo Real. Confira o card completo:
CARD PRINCIPAL
José Aldo Jr. x Chad Mendes
Vitor Belfort x Anthony Johnson
Rousimar "Toquinho" Palhares x Mike Massenzio
Erick Silva x Carlo Prater
Edson Barboza Jr. x Terry Etim
CARD PRELIMINAR
Thiago Tavares x Sam Stout
Ednaldo "Lula" Oliveira x Gabriel Napão
Yuri "Marajó" Alcântara x Michihiro Omigawa
Ricardo Funch x Mike Pyle
Felipe "Sertanejo" Arantes x Antonio "Pato" Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aniversariante, mãe de Belfort afirma: 'Até hoje tenho 

vontade de tirá-lo de lá'

Dona Jovita relembra a tensão ao descobrir que o filho queria ser lutador e pede que, no dia de seu aniversário, o filho vença no Rio de forma rápida

Por Amanda Kestelman Rio de Janeiro
Há mais de 15 anos, dona Jovita convive com uma difícil missão para uma mãe: ver o filho lutar e, algumas vezes, tomar socos e chutes sem poder fazer nada. A mãe de Vitor Belfort lembra até hoje da agonia de ver o filho entrando no ringue pela primeira vez e pede que no seu aniversário de 58 anos, que será neste sábado, dia do UFC Rio, o lutador a presenteie com uma vitória rápida e, de preferência, sem sangue.
- Espero muito que ele me dê de presente uma vitória em casa, sem sangue, sem dor, rápida e me emocione muito. Só de falar meu coração já fica acelerado. Apesar de tanto tempo ainda é difícil se acostumar em ver o filho da gente ali dentro lutando. Até hoje a vontade é de tirar ele lá de dentro - revelou Dona Jovita.
Vitor Belfort e sua mãe Jovita (Foto: Arquivo Pessoal) 
Vitor Belfort e sua mãe Jovita, que o acompanha desde o início da carreira
Segundo a matriarca, o início da trajetória do atleta no mundo das Artes Marciais Mistas não foi nada fácil. Aos 12 anos, quando resolveu mostrar a mãe o que gostaria de fazer quando crescesse, Vitor deixou dona Jovita com os cabelos em pé e por pouco não teve de encarar um bom castigo.
- Ele praticava judô e jiu-jítsu desde cedo. Mas na nossa família nunca teve um lutador e eu nem sabia que existia essa profissão. Um dia, aos 12 anos, ele resolveu me levar para mostrar a profissão que tinha escolhido. Me levou para um evento de vale-tudo no Flamengo, onde o Wallid ia lutar. Eu quase morri, não fiquei nem meia hora lá. Perguntei a ele: ''Você enlouqueceu''? Disse a ele que não ia deixar, mas pelo visto né, não adiantou nada o meu sermão - relembra.
Vitor Belfort e sua mãe Jovita (Foto: Arquivo Pessoal) 
Lutador Vitor Belfort , sua filha e sua mãe no Rio de Janeiro
Mas o susto de descobrir a paixão do adolescente nem se compara ao temor que sentiu ao acompanhar de perto a estreia de Vitor no esporte. Em 1996, no Havaí, quando o jovem de 18 anos encarou John Ress em sua primeira atuação em um evento oficial. Segundo dona Jovita, o adversário de seu filho era ''enorme''.
- Eu quase tive um surto na plateia quando vi o tamanho daquele homem. Ele tinha 18 anos e já havia feito algumas lutas antes, mas essa era a primeira grande luta dele. Fomos todos assistir. Fiquei de olho fechado o tempo inteiro. Graças a Deus ele venceu, foi tudo rápido. É o que eu espero agora no Brasil. Estamos todos em casa contando as horas  - disse.
Apesar de toda a agressividade que precisa mostrar em seu esporte, Vitor Belfort, em casa, é um filho, pai e marido completamente diferente do que aparenta. Segundo sua mãe coruja, o lutador é um homem doce e atencioso com as pessoas que ama. Além disso, ela acredita que a figura de Belfort teve uma parcela importante na explosão do MMA no país.
- Ele é e sempre foi um doce de menino. Bom pai, bom marido e excelente filho. Acorda todo dia as crianças, cozinha, leva para a escola. É um orgulho para mim ver o que ele se tornou. Ele merece tudo de bom que está acontecendo na vida dele. O momento que o esporte vive deve muito a ele também, que sempre lutou e acreditou - concluiu dona Jovita.
O UFC 142 será disputado no próximo dia 14 de janeiro, na Arena da Barra, e destaca a luta pelo cinturão dos pesos-pena, entre o atual campeão José Aldo e o desafiante Chad Mendes. A TV Globo e o canal Combate transmitem ao vivo. Confira o card completo:
CARD PRINCIPAL
José Aldo Jr. x Chad Mendes
Vitor Belfort x Anthony Johnson
Rousimar "Toquinho" Palhares x Mike Massenzio
Erick Silva x Carlo Prater
Edson Barboza Jr. x Terry Etim
CARD PRELIMINAR
Thiago Tavares x Sam Stout
Ednaldo "Lula" Oliveira x Gabriel Napão
Yuri "Marajó" Alcântara x Michihiro Omigawa
Ricardo Funch x Mike Pyle
Felipe "Sertanejo" Arantes x Antonio "Pato" Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CBTKD tenta, no tapetão, uma vaga para Márcio 

Wenceslau em Londres

Após achar que brasileiro foi prejudicado no Pré-Olímpico, Confederação 

Brasileira de Taekwondo apela às principais entidades da modalidade


. Márcio Wenceslau semifinal taekwondo Jogos Pan-Americanos (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM) 
Márcio Wenceslau ainda sonha com uma vaga nos Jogos de Londres
Após considerar que Márcio Wenceslau foi prejudicado na disputa contra o mexicano Damian Villa nas semifinais da categoria até 58kg do Pré-Olímpico das Américas, disputado em novembro, em Querétaro, no México, a  Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD ) tenta, no tapetão, junto à Federação Mundial de Taekwondo e à União Pan-Americana, uma vaga para o atleta brasileiro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.
Em entrevista ao Jornal da Tarde neste sábado, o brasileiro, vice-campeão mundial em 2005 e  quinto colocado no ranking da categoria até 58kg, lembrou que vencia o rival por quatro pontos de vantagem a três segundos do fim do combate quando a arbitragem considerou um golpe do mexicano em sua cabeça que, segundo ele, não aconteceu, e que acabou decidindo a luta.
- Eu abaixei o corpo e defendi o chute com a mão. O pé dele nem chegou perto do meu rosto - afirmou Márcio.
A decisão causou tanta polêmica na ocasião que o próprio lutador mexicano se desculpou com o Brasileiro.
- Até o Villa veio me pedir desculpa. À noite, um comentarista mexicano disse que não gostaria que o Villa se classificasse daquela maneira - disse.
Mas não foi só durante o Pré-Olímpico que o lutador brasileiro se sentiu prejudicado diante do mexicano. Márcio lembra que durante os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, também em luta válida pela semifinal, sofreu duas punições equivocadas por parte da arbitragem.
- O México é muito forte nos bastidores - lamentou Márcio, que se juntará a Diogo Silva (até 68kg) e Natália Falvigna (até 67kg), em Londres, caso a CBTKD consiga um convite.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amir Khan alega interferência externa em luta, e WBA 

promete investigar

Inglês perdeu o cinturão dos pesos-leves em combate polêmico. 

Ex-campeão questiona presença de um homem não identificado entre os 

jurados

 
boxe Amir Khan versus Lamont Peterson (Foto: Agência Getty Images)Amir Khanm, de amarelo, acerta um golpe em

O lutador inglês Amir Khan está contestando o resultado da luta na qual perdeu o título mundial para o americano Lamont Peterson, no dia 10 de dezembro. O ex-campeão dos pesos-leves venceu na decisão dos juízes, mas, durante o combate, Khan havia sido punido com dois pontos, pelo árbitro Joe Cooper. Dez dias depois, o inglês entrou com uma apelação formal contra o resultado polêmico.
A Associação Mundial de Boxe (WBA) prometeu investigar e se reune nos próximos dias 17 e 18, em Nova York, para decidir sobre o caso. Em uma tentativa de convencer a entidade de que o resultado foi injusto, Khan postou em seu Twitter uma série de mensagens sobre a luta. O boxeador alega que um homem não identificado pode ser visto circulando pela mesa dos juízes e que este conversa com o supervisor Michael Welsh a partir do sexto round, interferindo no resultado. Além disso, o homem teria entregado o cartão de pontuação ao supervisor.
Neste vídeo da luta, é possível reparar no senhor de terno cinza, blusa azul e chapéu conversando com o supervisor (repare aos 29:24, ao lado de Khan, falando com um senhor de gravata vermelha). Khan cobra uma resposta da WBA sobre quem seria esta pessoa.
O presidente da associação, Gilberto Mendoza, afirmou a BBC Sports que está examinando as denúncias de Khan e que irá se pronunciar em até 24 horas. Já a Federação Internacional de Boxe (IBF) afirmou que o caso está encerrado e que podem "garantir que o placar não foi alterado".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Revista divulga mais quatro fotos de ensaio com a musa 

Gina Carano

Ação faz parte da divulgação do filme em que lutadora será protagonista


Gina Carano faz fotos sensuais (Foto: Divulgação/GQ) 
Gina Carano posa para foto sensual em ringue
A revista GQ divulgou nesta quinta-feira mais quatro fotos do ensaio que fez com a lutadora de MMA Gina Carano, que tem sete vitórias e uma derrota na carreira. A ação faz parte da divulgação do filme "Haywire", em que a americana será protagonista e que tem estreia prevista para 20 de janeiro nos EUA.
Gina Carano faz fotos sensuais (Foto: Divulgação/GQ) 
Filme em que Gina Carano será protagonista estreia dia 20 de janeiro nos EUA
No filme, Mallory Kane, a personagem de Gina Carano, é uma agente de espionagem que busca vingança depois de ser traída por um de seus colegas. E, claro, usa muitos dos golpes e movimentos de MMA durante suas confusões na trama.
Gina Carano faz fotos sensuais (Foto: Divulgação/GQ) 
Gina Carano simula uma joelhada


Gina Carano faz fotos sensuais (Foto: Divulgação/GQ) 
Gina Carano tem sete vitórias e uma derrota na carreira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Demian Maia aprimora luta no chão em treino com 

judoca Tiago Camilo

Lutador do UFC conta com ajuda do campeão mundial de judô

Por SporTV.com Rio de Janeiro
Reprodução You Tube luta demian maia e tiago camilo (Foto: Reprodução You Tube)O lutador do UFC Demian Maia treina com o
judoca Tiag Camilo )
Faltando pouco mais de três semanas para sua luta diante de Michael Bisping no UFC do dia 28 de janeiro, o brasileiro Demian Maia contou com uma ajuda de peso para seu treinamento no chão. O campeão mundial e pan-americano de judô, Tiago Camilo, trabalhou o fundamento com o lutador de MMA com seu jiu-jítsu em um treino pesado no começo da semana.
Clique aqui e assista ao treinamento de Demian Maia com Tiago Camilo
Demian Maia não luta desde agosto do ano passado, quando derrotou o compatriota Jorge Santiago por decisão unânime no UFC 136. Embalado, o britânico Bisping vem de quatro triunfos consecutivos e também pode ficar bem cotado para disputar o título se passar por Demian Maia.
Assista a vídeos de lutas
Confira o card do evento do dia 28 de janeiro:
UFC: Evans x Davis
28 de janeiro de 2012, em Chicago (EUA)
Horário (de Brasília): 23h (card principal)
CARD PRINCIPAL*
Rashad Evans x Phil Davis
Chael Sonnen x Mark Muñoz
Michael Bisping x Demain Maia
Evan Dunham x Nik Lentz
CARD PRELIMINAR*
Jon Olav Einemo x Mike Russow
Joey Beltran x Lavar Johnson
Cub Swanson x George Roop
Michael Johnson x Cody McKenzie
Johnny Bedford x Mitch Gagnon

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

lista figuras mais emblemáticas dos octógonos e destaca

três brasileiros: Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e Wanderlei Silva


MMA ganhou o mundo e especialmente o Brasil em 2011. O esporte que mais cresce no planeta teve seu primeiro "boom" em solo verde-amarelo na época da luta entre Anderson Silva e Vitor Belfort pelo cinturão da categoria dos médios, no dia 5 de fevereiro, mas chegou para ficar mesmo em agosto, no UFC Rio. Os fãs, claro, passaram a conhecer gradualmente não só os lutadores brasileiros, mas todas as principais figuras das artes marciais mistas.
Em 2012, a tendência é que o MMA siga crescendo e ganhe ainda mais o coração dos torcedores. Já no dia 14 de janeiro, as atenções se voltam para o UFC 142, a segunda edição do evento no Rio, que contará com as lutas de José Aldo, Vitor Belfort, entre outros. A Rede Globo fará a transmissão ao vivo. E, para familiarizar o esporte ainda mais com o público nacional, o SPORTV.COM destacou algumas das personalidades mais emblemáticas dos octógonos. Tem o "Spider" como a maior unanimidade, Rodrigo Minotauro como o guerreiro, Wanderlei Silva como o mais popular, e por aí vai. Confira a seguir:
Anderson Silva com o prêmio do UFC (Foto: AFP)Anderson está invicto há 15 lutas 
Unanimidade: Anderson Silva
Aos 36 anos, o brasileiro é o atual campeão dos médios do UFC, já "varreu" a categoria e não perde há 15 lutas. É considerado por consenso o melhor lutador peso-por-peso do mundo. O próprio presidente da maior organização de MMA do planeta, o americano Dana White, já disse diversas vezes que, para ele, o "Spider" é o melhor de todos os tempos.

Chael Sonnen lutador americano do UFC (Foto: Divulgação/UFC)Sonnen: sempre polêmico
Polêmico: Chael Sonnen
O peso-médio já se cansou de provocar Anderson Silva para tentar conseguir uma nova chance de disputar o cinturão dos médios. Recentemente anda investindo até na rivalidade entre Palmeiras e Corinthians e gravou vídeos com a camisa do Alviverde. Alguns lutadores mais próximos dele dizem que é pura estratégia e não passa de marketing. A menção honrosa vai para Tito Ortiz, outro craque em promover suas lutas.

Frank Mir UFC MMA (Foto: Reprodução)Frank Mir é ex-campeão do UFC 
Falastrão: Frank Mir
O peso-pesado até deu uma esquecida da fama que tem em sua última luta, quando venceu e quebrou o braço de Rodrigo Minotauro. Depois, porém, tirou onda ao se gabar de que foi o primeiro a nocautear e o primeiro a finalizar o brasileiro. Ele é marcado por várias declarações inusitadas em seu currículo como lutador. Na mais grave delas, afirmou que gostaria de matar Brock Lesnar, literalmente falando, em uma luta entre eles.
Brock Lesnar mma (Foto: Divulgação)Lesnar anunciou aposentadoria 
Temido: Brock Lesnar
O grandalhão vem de duas derrotas no UFC, para Cain Velásquez e Alistair Overeem, e até anunciou a aposentadoria após o UFC 141, no último sábado, após perder para o holandês, mas continuará sendo por muito tempo o mais temido dos octógonos. Os seus 1,91m de altura e 120kg e sua alta confiança em si mesmo inibem quem está por perto.

Fedor Emelianenko strikeforce mma (Foto: Divulgação)Fedor fez fama no 'Pride' 
Lenda: Fedor Emelianenko
Principal estrela do extinto evento japonês "Pride", Fedor Emelianenko conseguiu o grandioso feito de ter permanecido invicto durante quase dez anos, entre dezembro de 2000 e junho de 2010, quando perdeu para o brasileiro Fabrício Werdum no Strikeforce. Depois, sofreu mais duas derrotas, mas já ensaia uma recuperação e vem de dois triunfos. Entre suas vítimas, nomes como Minotauro, Mark Coleman e Mirko "Cro Cop". Menção honrosa para Randy Couture.
Georges St-Pierre lutador do UFC (Foto: AFP)St-Pierre: estilo considerado chato 
Amarrão: Georges St-Pierre
Atual campeão dos meio-médios do UFC, o canadense está invicto há nove combates, mas a maioria de suas vitórias vem na decisão dos jurados. Os fãs de MMA em geral reclamam que St-Pierre "amarra" muito suas lutas no chão, fazendo uso de seu ótimo wrestling (luta olímpica) para travar o jogos dos rivais. Assim, tem poucos nocautes e finalizações. A menção mais do que honrosa vai para Jon Fitch.

Nick Diaz, lutador do UFC (Foto: Divulgação / UFC)Diaz tem postura agressiva 
Louco: Nick Diaz
Diaz não é dos maiores fãs de entrevistas, mas causa polêmica mesmo assim. Sempre arruma confusão com seus adversários e já até saiu na mão com Jason Miller dentro do octógono do Strikeforce, após a vitória de Jake Shields sobre Dan Henderson. Quase foi às vias de fato com BJ Penn durante a pesagem do UFC 137. Nate Diaz, o irmão mais novo, parece estar aprendendo com ele depois do tapa que deu no chapéu de Donald Cerrone.
ufc minotauro fisioterapia (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Minotauro 
Guerreiro: Rodrigo Minotauro
A história de superação de Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro, vem desde os seus 11 anos de idade, quando ficou perto da morte ao ser atropelado por um caminhão. Um dos nomes mais respeitados do MMA no Brasil atualmente, já passou por uma cirurgia no joelho e duas no quadril. Superou todos os problemas e, aos 35 anos, compete em alto nível pelo UFC.

Wanderlei Silva vs Cung Le UFC 139 (Foto: Getty Images)Wanderlei tem muitos fãs 
Popular: Wanderlei Silva
O "Cachorro Louco" conquistou fãs do mundo todo, principalmente do Japão, quando ainda lutava no Pride. Lá, ficou marcado pelo estilo agressivo, que lhe rendeu o apelido, e pelas inúmeras vitórias que conquistou. Muito em função disso, se tornou o lutador mais popular das artes marciais mistas, "título" de que ainda desfruta.

Quinton Rampage Jackson no UFC 135 (Foto: Divulgação/UFC)Rampage: irreverência 
Engraçado: 'Rampage' Jackson
A enorme corrente que carrega no peito e o uivo do lobo característico de sua entrada no octógono são apenas algumas marcas de Quinton Jackson, o "Rampage". O lutador é famoso por sempre tirar sarro de várias situações, principalmente nas entrevistas. Protagonizou cenas hilárias como um dos treinadores do "The Ultimate Fighter 10", sempre provocando o desafeto Rashad Evans. A veia cômica lhe rendeu um papel em Hollywood, no filme "Esquadrão Classe A".
Jon Jones no World MMA Awards (Foto: Getty Images)Jones durante premiação
Marrento: Jon Jones
Campeão meio-pesado do UFC com apenas 24 anos e considerado imbatível por muitos. Esse é Jon Jones, que deixa a humildade passar longe quando abre a boca. O americano coleciona desafetos por conta disso, como Rashad Evans e Quinton Jackson, e sempre que pode se diz superior aos demais. No octógono, costuma se mover agachado durante as lutas para provocar. E não olha para seus oponentes durantes as encaradas das pesagens.



FONTE GLOBOESPORTE.COM

RETROSPECTIVA 2011: o ano em que o MMA explodiu no Brasil

Vinda do UFC ao país ajudou a catapultar o esporte, que se tornou paixão nacional e passou a rivalizar com o futebol por audiência e nas redes sociais


O MMA teve sua origem no Brasil na década de 1920, mas o Brasil só foi descobrir o MMA em 2011. A vinda ao Rio de Janeiro do UFC, maior evento do esporte no mundo, foi o catalisador de uma mudança drástica de perspectiva quanto a modalidade, que ganhou espaço na grande mídia e passou a rivalizar até com o futebol como paixão nacional.
Vista panorâmica da Arena da Barra no UFC Rio (Foto: Divulgação/UFC)Arena da Barra ficou lotada no UFC Rio, retorno do evento ao país após 13 anos (Foto: Divulgação/UFC)
Criado a partir das competições de vale-tudo que colocavam diferentes estilos de luta em confronto para determinar qual delas era superior, o esporte das artes marciais mistas sempre teve muitos adeptos no país e exportou inúmeros talentos, mas passou anos sob o estigma de ser uma atividade brutal, praticada por arruaceiros, relegada a segundo plano e a uma mídia especializada. Entretanto, ainda em dezembro de 2010, o anúncio da realização de um evento do UFC na Arena da Barra, marcado para 27 de agosto, começou a despertar a curiosidade do grande público e da imprensa. Em 5 de fevereiro, o duelo entre o melhor lutador do mundo, Anderson Silva, e o nome mais conhecido do MMA no país, Vitor Belfort, causou alvoroço, e milhares de pessoas se reuniram em bares e festas para assistir ao combate, vencido pelo "Spider" com um chute espetacular no primeiro round. A partir daí, o esporte não parou de crescer. O UFC Rio teve ingressos esgotados em menos de duas horas e abriu os olhos de empresários de todos os setores. Logo, desde grandes marcas multinacionais a clubes de futebol queriam estar associados ao MMA, e eventos de lutas pipocaram por todos os cantos. Até a campanha contra a dengue pegou carona no sucesso do esporte, com lutadores envolvidos em anúncios preventivos e a realização de um evento beneficente na Baixada Fluminense.
FRAME Galvão Bueno e Vitor Belfort durante narração do UFC (Foto: Reprodução / TV Globo)Galvão Bueno narrou, ao lado de Belfort, o primeiro
UFC na Globo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Assista a vídeos de lutas
A consolidação desse crescimento veio em novembro, quando uma guerra pelos direitos televisivos do UFC foi vencida pela TV Globo e a luta entre Júnior Cigano e Cain Velásquez, que deu ao Brasil seu terceiro cinturão do Ultimate, foi vista por mais de 20 milhões de pessoas na TV aberta. O UFC foi o assunto mais comentado por brasileiros no Facebook em 2011, e diversas capitais do país se ofereceram para receber uma edição do evento no ano que vem. Com representantes da pátria fazendo sucesso em diversas competições internacionais, como Strikeforce, Bellator, M-1 Global e Dream, e uma previsão de mais quatro eventos do Ultimate no Brasil nos próximos 12 meses, só há uma conclusão a se fazer: o MMA veio para ficar.
Anderson Silva com o prêmio do UFC (Foto: AFP)Anderson Silva virou popstar em 2011 (Foto: AFP)
Pode não ter sido o ano mais brilhante ou movimentado do "Spider" dentro do octógono, mas 2011 foi o ano em que o Brasil descobriu também Anderson Silva. Tudo começou com o nocaute espetacular contra Vitor Belfort, em 5 de fevereiro. A partir daí, o paulista aproveitou a atenção extra por ser o primeiro cliente da agência de Ronaldo Fenômeno e se tornou um dos atletas mais requisitados do país, emprestando sua imagem a comerciais de carro, moto, fast food e roupas, e aparecendo em inúmeros programas de TV, seja de entrevistas, comédia, música ou variedades. Além disso, sua contratação pelo Corinthians inaugurou uma nova era do esporte no país, na qual clubes de futebol buscam se associar a lutadores do UFC para estabelecer suas marcas no exterior; desde então, outros quatro clubes anunciaram contratos com artistas marciais mistos. Até o arquirrival do Timão, o Palmeiras, entrou na brincadeira extra-oficialmente, presenteando o maior desafeto de Anderson, Chael Sonnen, com uma camisa.
Após 13 anos desde sua primeira visita ao país, o Ultimate voltou ao Brasil em 27 de agosto, quando aconteceu o UFC Rio na Arena da Barra, no Rio de Janeiro. Foi a primeira passagem da organização pelo país desde que foi comprada pelo grupo Zuffa LLC, em 2001, e virou febre no mundo todo. Com ingressos esgotados em pouco mais de uma hora, o evento demonstrou a paixão dos brasileiros pelo MMA e atraiu a atenção dos investidores para o potencial do esporte. Naquele dia, os brasileiros comemoraram vitórias em 10 de 12 lutas - apenas uma não tinha um representante da pátria, e o búlgaro Stanislav Nedkov foi o único a derrotar um "prata da casa", Luiz "Banha" Cané - e o presidente da organização, Dana White, admitiu: "É a torcida mais barulhenta que já vi".
Naquele UFC Rio, uma das lutas do card preliminar ficou marcada. Foi o duelo entre Rousimar "Toquinho" Palhares e Dan Miller, o qual o brasileiro Toquinho dominou quase que de início ao fim. Logo no primeiro round, Toquinho conseguiu levar o adversário a lona com um chute na cabeça, e Miller, entregue no chão, não conseguia parar os socos que levava no rosto. Repentinamente, porém, o próprio Toquinho parou de golpear, levantou os braços e caminhou para longe, subindo na grade para comemorar a vitória. O único problema era que o árbitro Herb Dean não havia encerrado o combate, e teve de pedir ao brasileiro para voltar à luta. Desconcentrado, Toquinho foi derrubado pelo americano logo em seguida e quase foi nocauteado, mas se recuperou e venceu na decisão por pontos. Depois da luta, o lutador da Brazilian Top Team afirmou que Miller havia gritado repetidamente "Stop" ("Pare") e, por isso, achou que estava desistindo da luta.
ultimate fight 14 Diego Brandao (Foto: Agência Getty Images)Ceará com o troféu do TUF 14 (Foto: Getty Images)
O Brasil já havia chegado a finais do reality show "The Ultimate Fighter", prestigioso programa de TV que ajudou a catapultar o UFC a fenômeno mundial, mas jamais havia vencido uma edição. Diego Brandão foi o primeiro brasileiro a fazê-lo. Apesar de ter 21 lutas profissionais no seu cartel, "Ceará", como é apelidado, era desconhecido antes de aparecer no TUF e impressionar logo no primeiro episódio, ao nocautear Jesse Newell para conquistar uma vaga na casa. Bastante comparado ao conterrâneo manauara José Aldo, o peso-pena nocauteou mais dois adversários no programa antes da final contra Dennis Bermudez. Na decisão, fez uma luta empolgante, que venceu com uma chave de braço no final do primeiro round. O título já o coloca como um dos principais candidatos ao cinturão de sua categoria.
Após quase um ano inteiro parado por causa de lesões nas costas, Thiago Silva, uma das principais apostas do Brasil na divisão dos meio-pesados do UFC, fez seu retorno ao octógono em 1º de janeiro, no UFC 125, contra Brandon Vera. Sua performance dominante resultou numa vitória por decisão unânime dos jurados, que lhe recolocava na lista de candidatos ao cinturão. Três meses depois, porém, a Comissão Atlética do Estado de Nevada divulgou que seu exame antidoping no evento, analisado por dois laboratórios diferentes, era inconsistente com urina humana. No dia seguinte, em 30 de março, Silva admitiu ter adulterado sua amostra após se lesionar novamente 45 dias antes do combate e levar injeções nas costas e na coluna vertebral para poder lutar. O paulista acabou suspenso por um ano, perdeu 25% de sua bolsa, e sua vitória sobre Vera foi revogada.
Melhor lutador peso-galo do Brasil, Renan Barão comprovou seu alto nível com duas grandes performances no Ultimate neste ano, ao derrotar Cole Escovedo em maio e finalizar Brad Pickett no co-evento principal do UFC 138, em novembro. Com a maior invencibilidade ativa do MMA mundial (28 lutas), o potiguar enfrenta Scott Jorgensen em 4 de fevereiro de 2012, no UFC 143, em combate que deve definir o próximo desafiante ao cinturão de Dominick Cruz. Se mantiver a mesma qualidade de suas atuações até aqui, tem tudo para trazer o segundo título do Ultimate para sua equipe, a Nova União, que já tem José Aldo como campeão dos pesos-pena.
Chael Sonnen lutador americano do UFC (Foto: Divulgação/UFC)Sonnen e seu melhor amigo em 2011: o microfone
(Foto: Divulgação/UFC)
Não dava para ser um só. O polêmico americano Chael Sonnen falou muita coisa sobre o país e sobre os brasileiros na tentativa de conseguir uma revanche contra Anderson Silva. Confira algumas de suas pérolas:
- É difícil responder ao Anderson. Ele é tão afeminado que não há nada que se possa dizer para/sobre ele que seja pior do que Deus já criou - após ser chamado de "perdedor" por Anderson Silva.
- O Brasil gosta de esbanjar que é uma potência do MMA, mas seus tais campeões se abaixam para o homem por trás de "Força em Alerta 2"... Classe - sobre as amizades de Anderson Silva e Lyoto Machida com o ator Steven Seagal.
- Ei Anderson, faça o que o seu país faz de melhor, como futebol ou passar doenças infecciosas. Oh, e diga a Lyoto que estou o desafiando!
- Machida não é um mau garoto. Ele é vítima do sistema educacional brasileiro. Há melhores maneiras de se conseguir eletrólitos do que bebendo xixi - sobre Lyoto Machida.
- Saudações de São Paulo! Já estou aprendendo a língua: dança de break das Paraolimpíadas se chama "capoiera" (sic) e cocaína é chamado de "brunch" (lanche entre o café da manhã e o almoço).
- Eu falo três línguas; bem, quatro, se você contar o português, que só é falado em lugares do mundo que não importam...
- Eu escolho minha mídia muito cuidadosamente quando falo do Brasil. Eu fui à internet, e se eu tivesse a menor ideia que o Brasil tinha computadores, não teria feito isso. Eu realmente não sabia - se "desculpando" pelas provocações ao Brasil.
- Diga ao Anderson Silva que eu estou chegando, arrombando a porta de trás e dando um tapa na bunda da sua mulherzinha, e vou mandá-la fazer um bife pra mim, mal passado, do jeito que eu gosto - em entrevista a uma rádio americana.
- Anderson diz que quer se livrar de mim, e essa é a sua chance. Eu sabia que era um covarde. Eu assisti a ele se esquivar e escolher seus oponentes. É tão falso quanto Mike Tyson foi - sobre a reação de Anderson ao seu desafio público.
- Adoraria nocautear o Anderson Silva com a camisa do Verdão - provocando a associação do Spider com o Corinthians.
- Eu gostaria de ver eles construírem escolas, não estádio para o Corinthians. Se eles vão construir estádio, vou derrubar Anderson lá.
                     1h20m                       22 milhões                         3
Tempo em que se esgotou a primeira leva de ingressos para o UFC Rio. A organização fez mais duas vendas adicionais, que se esgotaram em menos de 15 minutos cada. Ao todo, foram 14 mil ingressos vendidos. Telespectadores que assistiram à vitória de Júnior Cigano sobre Cain Velásquez na TV Globo, que teve 20 pontos de audiência e 52% de share (participação no número de televisores ligados). Número de cinturões brasileiros do UFC: peso-pena (José Aldo), peso-médio (Anderson Silva) e peso-pesado (Júnior Cigano). A organização tem, atualmente, sete categorias.





Junior dos Santos Cigano com o cinturão de campeão do UFC (Foto: Getty Images)Em 12 de novembro, Júnior Cigano nocauteou Cain Velásquez com 1m04s de luta e se tornou o primeiro brasileiro a ser campeão absoluto dos pesos-pesados do UFC. Sua primeira defesa de cinturão será contra Alistair Overeem, em 2012 

 

 

 

 

 

RETROSPECTIVA 2011: ouro inédito no boxe e o salto do judô feminino

Temporada foi marcada por feito inédito no boxe olímpico brasileiro e a ascensão das judocas. Taekwondo decepcionou no Pan de Guadalajara

Everton Lopes, Campeão Mundial de Boxe 64kg (Foto: Reuters)Everton Lopes conquistou o ouro inédito para o
Brasil no Boxe Olímpico 
Os fãs brasileiros dos tatames e dos ringues tiveram um 2011 de medalhas e conquistas importantes. A maior delas foi o ouro inédito em um Mundial de Boxe Olímpico, conquistado por Everton Lopes. Além do lugar mais alto do pódio, o pugilista baiano garantiu a vaga nos Jogos de Londres-2012, ao lado de Esquiva Florentino e Robson Conceição.
No judô, o ano de 2011 foi pintado de rosa. Sob o comando da melhor treinadora do ano, Rosicléia Campos, as meninas brasileiras conseguiram resultados históricos no Circuito Mundial e no Mundial de Paris, realizado em agosto, garantindo boas colocações no ranking classificatório para Londres-2012.
No Mundial de Paris, o país conquistou a marca histórica de cinco medalhas, sendo três delas entre as mulheres, com Rafaela Silva (prata), Sarah Menezes e Mayra Aguiar (bronze). Entre os rapazes, Leandro Cunha e Leandro Guilheiro levaram prata e bronze, respectivamente. Na competição por equipes, os homens tiveram um excelente desempenho e ficaram com a prata.
O taekwondo acabou ficando aquém das expectativas. Principais nomes da modalidade no país, Natália Falavigna e Diogo Silva garantiram vaga para os Jogos Olímpicos do ano que vem. No entanto, acabaram se despedindo de forma precoce e amarga dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Diogo caiu em sua segunda luta do torneio, enquanto Falavigna perdeu logo na estreia. Na modalidade, apenas Márcio Wenceslau subiu ao pódio no México. Ele conquistou a medalha de bronze, porém, não conseguiu vaga para Londres-2012.

Até o dia 8 de outubro deste ano, Everton Lopes podia andar tranquilamente pelas ruas de Salvador. Superando suas próprias expectativas, o atleta conquistou a medalha de ouro inédita do Mundial de Boxe, disputado em Baku, no Azerbaijão. Ex-lavador de carros, o jovem de apenas 22 anos bateu o ucraniano Denys Berinchyk no combate decisivo e, de quebra, garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos do ano que vem, onde chega como esperança de medalha.
Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007 e destaque nos Jogos Mundiais Militares, Everton por pouco não seguiu o caminho do futebol. Aos 11 anos, ele chegou a receber proposta do Santos, mas era muito novo para sair de casa. Mais velho, influenciado pelo lutador Washington Silva, resolveu mudar de esporte para desespero dos pais. Aos 19 anos, Everton foi campeão brasileiro, medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos e oitavo lugar no Campeonato Mundial Juvenil (2006). Poucas horas depois de sua conquista histórica, ele confessou que nunca esperou ser campeão mundial dentro do ringue, mas sim nos gramados de futebol.


O dia 19 de junho foi histórico para o judô brasileiro. No Grand Slam do Rio de Janeiro, disputado no Maracanãzinho, a equipe do país, apoiada por sua torcida, conseguiu alcançar o melhor desempenho da história em uma das quatro grandes competições do judô internacional (Olimpíadas, Mundial, Masters e Grand Slam). Os atletas conquistaram quatro medalhas de ouro, três de prata e quatro de bronze, num total de 11 medalhas. Foi também a primeira vez que o país ficou em segundo lugar no quadro geral, atrás apenas do Japão, que teve 10 medalhas, sendo oito de ouro.
Foi também no torneio do Rio que as meninas do judô brasileiro conquistaram, pela primeira vez, mais medalhas que os meninos. Elas subiram seis vezes ao pódio em sete categorias da competição, com dois ouros (Érika Miranda, até 52kg, e Mayra Aguiar, até 78kg), duas pratas (Sarah Menezes, até 48kg, e Rafaela Silva, até 57kg) e dois bronzes (Maria Portela, até 70kg, e Rochele Nunes, mais de 78kg). Os homens, por sua vez, garantiram dois ouros com Leandro Guilheiro (81kg) e João Gabriel Schlittler (+100kg).
Natália Falavigna vence seletiva e vai aos Jogos Olímpicos de Londres (Foto: Divulgação)Natália Falavigna conquistou a vaga em Londres,
mas decepcionou no Pan
Medalhista olímpica e campeã pan-americana, Natália Falavigna chegou ao Pan de Guadalajara após cirurgias e de um longo período de recuperação. Ainda sem ritmo, o principal nome do taekwondo brasileiro caiu logo em sua estreia na competição, dando um adeus precoce e amargo aos mexicanos.
Natália, que não disputava nenhuma competição havia quase dois anos, caiu diante da americana Lauren Hamon, por decisão dos juízes. A redenção da atleta veio cerca de um mês depois, na última seletiva da modalidade para os Jogos de Londres-2012. Mesmo pressionada, a lutadora conquistou o ouro na seletiva de Quetaro, no México, derrotando a mexicana Maria Del Rozario Espinosa, na final.
Outro campeão pan-americano do taekwondo acabou decepcionando em Guadalajara. Diogo Silva caiu logo em sua segunda luta do torneio e não pôde colocar mais uma medalha em sua coleção. O atleta, que foi o primeiro a garantir vaga para os Jogos Olímpicos do ano que vem, perdeu para o americano Terrence Jenning, por 6 a 4.
Na modalidade, apenas Márcio Wenceslau subiu ao pódio em Guadalajara. Ele conquistou a medalha de bronze, porém, não conseguiu vaga para Londres-2012.
No seu retorno aos ringues após cerca de 16 meses, o americano Floyd Mayweather Jr. derrotou seu compatriota Victor Ortiz por nocaute. A vitória foi controversa e gerou muita polêmica, já que o nocaute veio num momento de desatenção de Ortiz após uma parada na luta.

A luta foi muito criticada pela opinião pública, que julgou errada a atitude do lutador. Sem paciência, Mayweather usou seu Twitter para responder seus desafetos e não poupou críticas ao rival Victor Ortiz e ao ex-pugilista e atual empresário Oscar De La Hoya.

- Eu deixei a luta no ringue, mas Oscar e Ortiz continuam dando entrevistas chorando como umas p... da Golden Girl. Vou f... vocês dois - desafiou o polêmico Mayweather.
O filipino Manny Pacquiao e o mexicano Juan Manuel Márquez já haviam lutado duas vezes, com dois combates equilibrados e resultados polêmicos (um empate e uma vitória do atleta da Filipina, por pontos). Não foi diferente na noite do dia 12 de novembro, em Las Vegas. Os rivais voltaram a fazer um duelo equilibrado e, em nova decisão controversa, o ''Pacman'' venceu e manteve sua invencibilidade de mais de seis anos. A felicidade do pugilista contrastou com as vaias da torcida.
Manny Pacquiao luta contra Juan Manuel Márquez, boxe (Foto: Agência AP)Manny Pacquiao na polêmica luta contra Juan Manuel Márquez, em novembro
Márquez parecia confiante de uma vitória após a luta e comemorou até o anúncio da decisão dos juízes. Um deu empate por 114 a 114. Os outros dois deram a vitória para Pacquiao (115 a 113 e 116 a 112), que chegou a 15 lutas sem derrota e manteve o cinturão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe.
- Eu fui roubado. Eu não sei o que mais eu posso fazer para vencer - reclamou Márquez.
O pugilista mexicano não engoliu mesmo a derrota. Considerando sua atuação superior, ele afirmou que aceitaria enfrentar o atual campeão da categoria pela quarta vez. Porém, não abre mão de trazer o duelo para o seu país. Ou seja, a rivalidade Pacquia-Marquês promete novos capítulos em breve.
Felipe Kitadai com a medalha de ouro (Foto: EFE)Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara podiam ter traumatizado o judoca brasileiro Felipe Kitadai. Na semifinal de sua categoria, ele foi traído por um problema intestinal e acabou sujando as calças dentro do tatame. Com a frieza de um vencedor, Felipe não abandonou a luta e acabou garantindo a vaga na final, onde mais uma vez, foi soberano e garantiu mais uma medalha dourada para o país no México
Rafaela Silva com a medalha de prata no Mundial de judo (Foto: EFE)Rafaela Silva com a prata no Mundial
O judô feminino do Brasil chega no ano olímpico de 2012 como a grande esperança da modalidade. O trabalho da treinadora Rosicléia Campos, eleita a melhor treinadora do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), rendeu pódios em 2011 e está fortalecido. As apostas são as jovens Sarah Menezes, de apenas 21 anos, Mayra Aguiar, de 20, e a caçula Rafaela Silva, de 19. Todas as judocas são medalhistas em mundial.  As três atletas estão em posições confortáveis no ranking classificatório para os Jogos de Londres.

 

 

 

 

 

O lutador José Aldo é o mais novo atleta patrocinado pelo Flamengo uma longa novela, o campeão peso-pena no UFC compareceu à sede do clube na manhã desta quarta-feira, na Gávea, e acertou os últimos detalhes do contrato. Ele fechou por um ano e irá estampar a marca do Rubro-Negro no UFC 142, no Rio, no dia 14 de janeiro, evento do qual ele fará a luta principal e colocará o cinturão da categoria em jogo contra o americano Chad Mendes.

José Aldo Flamengo (Foto: Fernando Azevedo / Fla Imagem)José Aldo recebe de Patricia Amorim uma camisa com seu nome 
No último dia 13, Aldo já havia afirmado ao SPORTV.COM que havia sido procurado mais de uma vez pela presidente Patricia Amorim e que as conversas estavam adiantadas. O lutador, além de ser torcedor de arquibancada, já chegou a levar a bandeira de uma das torcidas organizadas do Rubro-Negro para dentro do octógono após conquistar vitórias no UFC. Ele se mostrou emocionado após o acerto:
- É um sonho que está realizado. Sempre torci, chorei e acompanhei o Flamengo desde criança e, agora, poder fazer parte desta companhia é maravilhoso. É um momento em que consigo alcançar mais um objetivo na carreira. Agora estou ainda mais forte. Sei que a imensa nação vai estar com a gente. Queria aproveitar também para mandar um abraço para toda a torcida rubro-negra e pedir para que ela compareça no dia 14, que vou procurar dar um show para todos vocês - disse José Aldo ao site oficial do Flamengo.
José Aldo Flamengo (Foto: Fernando Azevedo / Fla Imagem)

Fora o lutador, participaram da reunião a presidente Patricia Amorim, o vice-presidente jurídico Rafael De Piro, o vice de administração e Fla-Gávea Luis Claudio Cacau Cotta, o advogado do clube, Rodrigo Fux e o técnico e empresário de Aldo, Andre Pederneiras. O peso-pena ainda recebeu das mãos da presidente o título de sócio honorário e uma camisa oficial já com seu nome gravado nas costas. Patricia também comemorou o final feliz da novela:
- Ele já havia demonstrado em várias oportunidades o amor que tem pelo Flamengo. Tivemos algumas reuniões anteriormente, mas hoje concretizamos a parceria. É um namoro antigo que finalmente vira casamento. José Aldo é do Mengão.


Júnior Assunção fica 'pequeno' em foto ao lado de Alistair Overeem

Lutadores já estão em Las Vegas para evento da próxima sexta-feira

Júnior Assunção e Alistair Overeem mma (Foto: Reprodução/Twitter) 
Júnior Assunção e Alistair Overeem vão lutar em Vegas na sexta-feira
Se você sempre quis saber qual a diferença de tamanho e força de um peso-pesado para um peso-pena, a foto a lado ajuda um pouco a matar a curiosidade. Cinco categorias abaixo, Júnior Assunção, 1,75m e 66kg, postou foto ao lado de Alistair Overeem, 1,95m e 116kg.
O brasileiro encontrou o holandês em um hotel de Las Vegas. Ambos vão lutar na cidade no UFC 141, na próxima sexta-feira. Assunção é um dos brasileiros no card e vai encarar Ross Pearson. Já Overeem fará o combate principal da noite diante de Brock Lesnar em luta que vai definir o próximo adversário de Júnior Cigano.
Confira o card completo do evento de sexta-feira, que ainda terá Nate Diaz x Donald Cerrone, Jon Fitch x Johny Hendricks, além de Luis Beição e Diego Nunes representando o Brasil nas preliminares:

UFC 141
30 de dezembro de 2011, em Las Vegas (EUA)
Horário (de Brasília): 1h (card principal)
CARD PRINCIPAL
Brock Lesnar x Alistair Overeem
Nate Diaz x Donald Cerrone
Jon Fitch x Johny Hendricks
Alexander Gustafsson x Vladimir Matyushenko
Nam Phan x Jimy Hettes

CARD PRELIMINAR
Ross Pearson x Júnior Assunção
Anthony Njokuani x Ramsey Nijem
Dong Hyun Kim x Sean Pierson
Jacob Volkmann x Efrain Escudero
Luis "Beição" Ramos x Matt Riddle
Diego Nunes x Manny Gamburyan

 

 

 

 

 

Com quatro lutadores, peso mosca começa a tomar forma no site do UFC

Joseph Benavidez, Demetrius Johson, Ian McCall e Yasuhiro Urishitani são os primeiros nomes a aparecer na lista de atletas da categoria


O site oficial do UFC já começa a dar forma à sua mais nova categoria. Quatro lutadores já foram incluídos na página que lista os lutadores do peso mosca: Demetrious Johnson, Ian McCall, Joseph Benavidez e Yasuhiro Urushitani.
Demetrious Johnson UFC MMA (Foto: Divulgação/UFC)Demetrious Johnson é uma das feras do peso mosca do UFC
Benavidez e Johson já estavam no UFC. Eram da categoria galo e vão baixar de peso. McCall e Urushitani foram contratados de outros eventos. Os quatro vão participar de uma espécie de semifinal e final (veja no fim da matéria), em março, para decidir quem será o primeiro dono do cinturão.
Dois nomes brasileiros também já são especulados para a categoria. Segundo sites especializados, John Lineker já até teria assinado com o Ultimate, mas ainda foi anunciado oficialmente. Jussier Formiga, considerado um dos melhores do peso no mundo, também está cotado para assinar no ano que vem.
UFC: Alves x Kampmann
3 de março de 2012, em Sydney (Austrália)
CARD PRINCIPAL*
Thiago Alves x Martin Kampmann
Demetrious Johnson x Ian McCall (torneio peso-mosca)
Joseph Benavidez x Yasuhiro Urushitani (torneio peso-mosca)

 

 

Única algoz de Cris Cyborg, Érica Paes se divide entre MMA e a música

Lutadora busca retorno aos ringues após seis anos sofrendo com lesões, ao mesmo tempo que faz sucesso nos palcos como cantora da banda F.E.


Quem vê a cantora Érica Paes se apresentando pelos palcos da noite carioca com a banda F.E. não imagina que está de frente para uma das mulheres mais perigosas do Brasil. Cris Cyborg que o diga: a única derrota sofrida pela melhor lutadora do mundo no MMA foi para Érica. Após seis anos sem lutar profissionalmente, a paraense está organizando sua volta aos ringues e octógonos, ao mesmo tempo que tenta a sorte na carreira musical. 
As lutas entraram primeiro na vida de Érica. Aos 12 anos, a paraense começou a treinar jiu-jítsu, para "virar o jogo" nas brigas com o irmão mais velho, e logo se apaixonou pelo esporte, no qual foi campeã mundial e pentacampeã brasileira. Em Belém, conheceu o técnico Josuel Distak, que a levou a praticar boxe, onde também se destacou. Ele a inscreveu para a estreia no MMA, aos 21 anos de idade, num evento em Macapá - vencido por ela, diga-se. Em pouco tempo, os dois seguiram para a Brazilian Top Team (BTT), histórica equipe que teve Rodrigo Minotauro, Murilo Bustamante, Ricardo Arona, Vitor Belfort e Zé Mário Sperry, entre outros.
Erica MMA (Foto: Thiago Correia / Globoesporte.com) 
Érica Paes mostra talento no octógono e com o microfone na mão
Primeira mulher da BTT, Érica logo entrou no meio da famosa rivalidade do time com a Chute Boxe, ao ser escalada para enfrentar a representante feminina da equipe curitibana, Cris Cyborg, que fazia a sua primeira luta profissional no evento Showfight 2, em maio de 2005.
- Nunca me preocupo em saber como é minha adversária. Quando vi, era a Cyborg, que era enorme. Mas pensei: "Estou nem aí, treino com Minotauro e Minotouro". Foi uma maravilha, conseguimos fazer tudo o que foi passado no treinamento. Entrei no raio de ação dela, consegui levar para o chão, cometi um erro, e ela se levantou. Ela fez o que eu adoro, veio para cima para me chutar, aí apliquei uma raspagem, consegui aplicar um leg lock (chave de perna) duplo e finalizei - lembra Érica.
A partir daí, Cyborg não perdeu mais, foi para o exterior e conquistou o título dos pesos-pena do Strikeforce, principal evento de MMA feminino do mundo. Érica, por outro lado, fez o caminho inverso. Em outubro daquele ano, foi derrotada pela holandesa Dina Van den Hooven em Portugal. Pouco depois, perdeu um patrocínio que tinha do Governo do Estado do Pará. Com uma série de lesões nos joelhos, encontrava-se sem condições de competir e manter-se no Rio de Janeiro.
Erica MMA (Foto: Thiago Correia / Globoesporte.com) 
Érica Paes foi a única lutadora a derrotar Cris Cyborg
Foi quando a lutadora começou a dar espaço à cantora. Érica sempre gostou de cantar nas rodas de amigos e recebia muitos elogios por sua voz, mas nunca havia feito nem aula de canto, nem se apresentado profissionalmente. Precisando de dinheiro e sem tempo para um emprego com horário fixo, decidiu apostar na música. Seu primeiro show foi numa casa noturna conceituada do Rio de Janeiro, na presença de produtores de músicos como Flávio Venturini e Ney Matogrosso. Rapidamente, Érica passou a fazer sucesso e a se apresentar em outras cidades, subindo aos palcos quase todos os dias da semana. Os shows terminavam às 2h, e os treinos começavam às 8h. A rotina começou a ficar demais para ela. De contrato assinado com uma gravadora, a paraense se mudou para São Paulo, abandonando temporariamente o MMA.
Azar na música, azar na luta
Assim como nas lutas, porém, as coisas começaram a desandar quando Érica parecia destinada ao sucesso. O contrato com a gravadora acabou, seu empresário não honrou seus compromissos e a abandonou na capital paulista. A paraense ficou quatro meses morando de favor na casa de uma amiga e conheceu Francisco Bhea, um talentoso violonista e vocalista com o qual teve química instantânea. A dupla fez vários shows, mas a falta de condições para se sustentar fez a cantora se arrepender de ter largado os combates. Após ler um artigo sobre o sucesso de Cyborg, sentiu o estalo de que tinha capacidade de lutar pelo cinturão e deveria retornar ao MMA. Operou os joelhos, voltou nove meses depois para o Rio de Janeiro e se reuniu a Distak, desta vez na academia XGym, onde treinam Anderson Silva, Rafael Feijão e Ronaldo Jacaré.
Quando vi, era a Cyborg, que era enorme. Mas pensei, "Estou nem aí, treino com Minotauro e Minotouro"
Érica Paes
Outra lesão, porém, travou o retorno de Érica. Durante um treinamento de jiu-jítsu com seu companheiro de equipe William Gigante, a lutadora fez muita força para sair debaixo e sentiu a lombar. No dia seguinte, sem conseguir se levantar da cama, Érica foi internada no hospital por dez dias e diagnosticada com uma hérnia de disco lombar. Dois médicos disseram que a cirurgia era o único caminho e que sua carreira no MMA estava acabada.
- Estava sem família, sem nada. Foi muito difícil ficar naquela situação... Os médicos dizendo que eu não ia conseguir voltar Mais uma lesão. O sonho, de repente... - engasga a lutadora.
O técnico e preparador físico Rogério Camões, no entanto, não deixou Érica desistir e a levou à fisioterapeuta Jackeline Figueiredo, que já tratou Anderson Silva e quase toda a família Gracie. Jackie, como é conhecida, descartou a operação e fez a lutadora trabalhar cinco horas por dia na reabilitação por mais nove meses. Deu certo: Érica está zerada, pronta para lutar.
Conciliando dois sonhos
Érica Paes está de volta aos treinos e já visualiza retornar aos ringues em 2012. Aos palcos, porém, a cantora já voltou. Por insistência de amigos, ela chamou Francisco Bhea para o Rio e montou o F.E. (sigla para Francisco e Érica). Para conciliar com os treinamentos, ela estabeleceu com seu empresário musical que só faz shows às sextas e sábados. Domingos, no máximo até 22h. Muitas vezes, a lutadora sobe ao palco sentindo dores e precisa maquiar hematomas, mas garante que, no tatame, está sempre descansada.
A estratégia deixa seus companheiros de ambos os lados divididos. Rogério Camões deixa claro que Érica ainda precisa de cerca de seis meses para estar fisicamente pronta para lutar. Distak, que a conhece desde a infância, disfarça e diz que torce para que um dia a amiga seja uma grande cantora, mas pede mais foco nos treinos. Sua preferência entre a Érica cantora e a Érica lutadora?
- Eu prefiro lutando. Aqui na XGym, é lutar para vencer - afirma o treinador.
Erica MMA (Foto: Thiago Correia / Globoesporte.com) 
Érica Paes ao lado de Francisco Bhea, seu parceiro de banda
Francisco, que já tinha largado a música e estava trabalhando como pintor quando Érica o chamou para vir ao Rio, diz que só quer o bem da amiga e parceira de palco, mas confessa ter ficado preocupado com seu retorno aos ringues após as cirurgias no joelho.
- Ela é muito competente para fazer os dois. Quando ela operou o joelho, eu pensei, "Será que vai lutar mesmo?" Joelho é uma coisa muito delicada, ainda mais para quem mexe com peso. Mas a Érica é guerreira, está de pé hoje e vai quebrar geral - diz o violonista.
Segundo Érica, o foco agora é o cinturão, e a música é um hobby. Um hobby sério, já que a dupla está com CD gravado - apropriadamente entitulado "Dou a cara pra bater".
- Não tenho tanta pretensão assim na música, e isso está me assustando um pouco, pois as pessoas estão respondendo bem ao nosso trabalho e me dizem que sou uma cantora nata. Não. Eu sou lutadora, mas canto também. A vida do atleta não dura para sempre. Eu vou lutar até quando meu corpo aguentar. Mas cantando, temos muito tempo. O futuro na luta pertence apenas a mim. Na música, a Deus pertence - explica.

 

 

 

 

Para Aline Ferreira, luta olímpica vai pegar carona no sucesso do UFC

Melhor lutadora do Brasil em 2011 lembra que lutas associadas estão entre as disciplinas mais importantes do MMA na atualidade


Aline Ferreira e o namorado, no Prêmio Brasil Olímpico (Foto: Adriano Albuquerque / SporTV.com) 
(com o namorado Flavio Ramos) Aline foi uma das laureadas 
A lutadora Aline Ferreira foi premiada como destaque das lutas associadas em 2011 no Prêmio Brasil Olímpico, após conquistar a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Foi o melhor desempenho do país na modalidade na história da competição, mas a musa acredita que o futuro da luta olímpica é brilhante. O motivo? A explosão do MMA no território nacional.
Um dos esportes mais comentados do momento, o MMA é constituído pela mistura de diferentes artes marciais, e a luta olímpica é uma de suas disciplinas mais importantes. No UFC, principal evento da modalidade, três dos sete atuais campeões começaram a carreira nas lutas associadas, e as técnicas da luta livre e luta greco-romana contam pontos importantes para os jurados. Segundo Aline, o crescimento do MMA no país já está abrindo os olhos do público para seu esporte.
- Com o UFC caindo na boca dos brasileiros, isso vai ajudar a popularizar as lutas e atrair investidores, que é o que mais precisamos. Aqui no Brasil, não temos especialistas em luta olímpica, e no mundo do MMA, é essencial ter esse conhecimento - argumentou Aline durante a premiação.
O MMA feminino também está crescendo no país, e a melhor lutadora do mundo, Cris Cyborg, é brasileira. Aline, porém, prefere se manter na luta livre e buscar seu sonho de conquistar uma medalha olímpica.
- Não tenho essa vontade, até pela vaidade mesmo. No MMA, as mulheres levam muito soco na cara. Eu já treinei com lutadores de MMA para ajudar com essa parte de chão, mas não tenho coragem! Admiro as mulheres que competem - contou.

 

 

 

Tagarela Rosicléia celebra vitória
da transparência: 'Sou 100% eu'

Explosiva e espontânea, melhor treinadora de 2011 tem o aval de judocas e da CBJ, mas promete se controlar para encarar novas regras do esporte

Rosicleia Campos Prêmio Brasil Olímpico (Foto: André Durão/Globoesporte.com) 
Rosicléia faz lista de agradecimentos no Brasil Olímpico
Ao descer do palco do Prêmio Brasil Olímpico, onde foi premiada, junto a Rubén Magnano, como Melhor Técnico de 2011, Rosicléia Campos confessou estar tremendo de nervosismo. Pudera: os produtores pediram à treinadora da seleção feminina de judô, uma das pessoas mais expansivas e falantes do esporte brasileiro, para conter seu discurso de agradecimento a apenas 40s. Logo que chegou ao microfone, ela avisou:
- Pediram para eu falar pouco, mas não vai dar, tem muita gente para agradecer!
Essa é Rosicléia Campos: espontânea, tagarela, explosiva, emocional. Seu estilo foi muito criticado quando ela assumiu o comando da seleção feminina, em 2007. Quatro anos depois, os resultados não deixam dúvidas de que sua técnica funciona. No período, o Brasil teve sua primeira mulher medalhista olímpica - Ketleyn Quadros, bronze em Pequim-2008 - e neste ano, a equipe feminina conquistou três medalhas no Mundial de judô, seu melhor desempenho na história.
Não são só os resultados que validam o estilo de Rosicléia. Suas comandadas também a defendem com paixão, a mesma paixão que ela usa para buscar recursos para sua equipe.
- É o empenho dela que conquista. Ela se dedica muito a nós, briga muito por nós, luta junto, e isso serve de incentivo. Por isso que estamos com um desempenho excelente. É uma coisa que ela ajudou a construir - disse Maria Portela, judoca até 70kg.
A treinadora garante que toda a gritaria e gesticulação do lado de fora do tatame não é encenação: em casa, é a mesma coisa.
- Sempre fui muito transparente, 100% eu mesma. Sou de família cardíaca, aprendi a não guardar nada. Não é pra aparecer, sou assim mesmo. Meu marido estava inclusive preocupado que eu fosse subir aqui no palco e gritar "Urrul!" Pediu, "Amor, 'urrul' não..." - riu Rosicléia.
Os gritos e gestos da treinadora, porém, estão ameaçados de extinção. Neste ano, a Federação Internacional de Judô (FIJ) instituiu novas regras de conduta para os técnicos, que estipula que a comunicação com os judocas seja feita apenas durante o mate (parada no combate). Segundo Rosicléia, seu nome foi mencionado no congresso técnico da FIJ quando a medida foi discutida. Apesar disso, a treinadora se comportou bem e se segurou na primeira competição sob as novas regras.
- É difícil, tive que botar a mão na boca uma vez, precisamos de um tempo de adaptação. Mas sou extremamente disciplinada. Tudo que faço é pelos meus atletas. Se precisar me transformar em outra pessoa por eles, eu me transformo - prometeu.
O coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, reconhece o trabalho da treinadora e garante que vai apoiá-la se não se contiver.
- Essa regulamentação não é favorável ao ambiente esportivo. Perde-se um pouco o diálogo e a leitura do técnico. A Rosi tem esse temperamento explosivo, mas tem essa leitura fria do lado de fora que consegue fazer a diferença pro atleta com uma palavra. Se ela precisar levar uma advertência para ajudar um atleta a vencer, sou a favor disso - afirmou Wilson.

 

 

 

Técnico revela uso de quatro técnicos nos treinos de José Aldo para o UFC

Dedé Pederneiras diz que acerto com Flamengo está próximo, e que Aldo pode defender o clube já no primeiro evento da entidade em 2012, no Rio de Janeiro


José Aldo defenderá o cinturão de campeão dos pesos pena do UFC em casa, no Brasil. Ciente da responsabilidade, o atleta nascido em Manaus vem se preparando muito para o evento que acontecerá no dia 14 de janeiro, no Rio. Dedé Pederneiras, treinador de Aldo, revelou que tem sido auxiliado por mais quatro técnicos na preparação do lutador para o duelo contra Chad Mendes.
- A preparação para todo adversário é sempre especial, e nós o estudamos muito. Com o Chad não está sendo diferente. A gente se reúne toda semana, com três ou quatro treinadores, para montar o treino em cima disso.
Dedé Pederneiras afirmou que vem treinando forte com Aldo, mas que o atleta ainda não está em seu melhor momento. Isso deve acontecer mais próximo da data da luta.
- Nesse momento ele está no meio da preparação. O atleta só tem que ficar pronto realmente quando estiver mais perto. Se ele chega perto do topo já agora, ia chegar perto da luta numa descendente. Isso não pode acontecer – explicou.
O treinador de Aldo falou ainda sobre a possibilidade de o atleta representar o Flamengo no UFC 142. De acordo com Pederneiras, faltam apenas alguns detalhes para o acerto entre o clube e o lutador.
- Ele não perde um jogo do Flamengo. É louco por futebol. Estamos em negociação e só faltam alguns pequenos detalhes. Acreditamos que o acordo sairá antes da luta do UFC 142 – finalizou.

 

 

Brasil conquista duas medalhas no último dia do Grand Slam de judô

Mayra Aguiar e Rafael Silva ficam em terceiro lugar na disputa em Tóquio

O Brasil conquistou mais duas medalhas no Grand Slam de judô, na madrugada deste domingo, em Tóquio. Um dia depois de Leandro Guilheiro e Rafaela Silva subirem ao pódio da competição, foi a vez de Mayra Aguiar (78kg) e Rafael Silva (+100kg) garantirem mais dois bronzes para o país.
Alexander Mikhaylin e Rafael Silva no grand slam de judô (Foto: AFP)Alexander Mikhaylin, da Rússia, e o brasileiro Rafael Silva na luta semifinal 
Única mulher brasileira neste domingo, Mayra Aguiar terminou em terceiro lugar na categoria até 78kg. A brasileira venceu a italiana Assunta Galeone e a alemã Luise Malzahn, mas foi derrota em seguida pela americana Kayla Harrison.
Na categoria mais de 100kg, Rafael Silva também garantiu bronze. O brasileiro venceu o japonês Ryu Shichinohe, o romeno Vladut Simionescu e o holandês Luuk Verbij. Mas, na semifinal, perdeu para o russo Alexander Mikhaylin. Na mesma categoria, Daniel Hernandes ficou bem distante das primeiras colocações. Assim como Luciano Corrêa e Leonardo Leite, na disputa até 100kg.
Na madrugada de sábado, Leandro Guilheiro subiu ao pódio de Tóquio pelo terceiro ano seguido. O medalhista olímpico assegurou a prata na competição (81kg). Além dele, o Brasil também contou com outra representante entre as melhores. Rafaela Silva (57kg), ficou com o bronze.

 

 

 

Judocas brasileiros conquistam prata e bronze no Grand Slam de Tóquio

Leandro Guilheiro leva a prata e Rafaela Silva garante o bronze

Leandro Guilheiro manteve a escrita. Pelo terceiro ano seguido, subiu ao pódio no Grand Slam de Tóquio. Neste sábado, o medalhista olímpico assegurou a prata na competição (81kg). Além dele, o Brasil também contou com outra representante entre as melhores. Rafaela Silva (57kg), ficou com o bronze. O torneio será disputado até domingo e conta pontos para o ranking mundial e olímpico da Federação Internacional de Judô (FIJ). Segundo o critério da entidade, os 22 homens e as 14 mulheres mais bem colocadas garantem vaga em Londres-2012. Até o momento, Leandro ocupa a segunda colocação e Rafaela é a sétima da lista.
Leandro Guilheiro no Grand Slam do Japão (Foto: Divulgação/CBJ)Leandro Guilheiro conquistou a medalha de prata no Grand Slam do Japão
Para garantir a prata, o brasileiro venceu na estreia, por ippon, Baye Diawara, do Senegal. Na luta seguinte, passou pelo argentino Emmanuel Lucenti por yuko. Depois, superou com um wazari Sergiu Toma, da Moldávia. Na semifinal, outro ippon sobre o japonês Keita Nagashima. Na decisão, Leandro foi superado por ippon pelo japonês Tomohiro Kawakami.
Já Rafaela Silva subiu pela primeira vez no pódio em um evento no Japão. O bronze veio após quatro lutas. Na estreia, Rafaela venceu por ippon Hyo Ju Park, na Coreia do Sul. Na segunda,  outro ippon, desta vez sobre Miryam Roper, da Alemanha. Nas quartas de final, vitória por yuko sobre Sarah Loko. Nas semifinais, derrota para a japonesa Kaori Matsumoto, líder do ranking mundial, por ippon.
Outros três integrantes da seleção brasileira entraram no tatame neste sábado: Bruno Mendonça (73kg), Tiago Camilo (90kg) e Hugo Pessanha (90kg). Bruno venceu na primeira rodada o italiano Marco Maddaloni por wazari, mas depois perdeu para o francês Ugo Legrand por yuko. Tiago Camilo bateu na primeira luta o ucraniano Valentyn Grekov por yuko, mas depois acabou superado pelo sul-coreano Dae-Nam Song. Já Hugo Pessanha perdeu por ippon para o russo Murat Gasiev.
Neste domingo, será a vez de Mayra Aguiar (78kg), Leonardo Leite (100kg), Luciano Corrêa (100kg), Daniel Hernandes (+100kg) e Rafael Silva (+100kg) brigarem por medalhas.
Na sexta-feira, Sarah Menezes, Erika Miranda, Breno Alves e Felipe Kitadai não conseguiram conquistar medalhas no primeiro dia da competição de Tóquio. Após a disputa no Japão, os brasileiros ainda encaram o Grand Prix da China, nos dias 17 e 18 de dezembro.